Devido à crise econômica, no dia 13 de abril, a Saraiva demitiu cerca de 500 funcionários. De acordo o Sindicato dos Comerciários de São Paulo, entrevistado pelo jornal O Globo, a Saraiva havia garantido que essa ação era necessária para o funcionamento da empresa na questão da preservação dos funcionários restantes e no não fechamento de mais lojas.
Além da demissão de colaboradores, a livraria também perdeu o CEO Luis Mario Bilenky, o qual havia sido selecionado em janeiro para reestruturar os planos e ajudar na recuperação econômica da corporação. Com a saída de Bilenky, quem vai tomar as rédeas da situação é Deric Degasperi Guilhen, diretor comercial da rede. Segundo o comunicado da empresa, “ele possui mais de 20 anos de experiência profissional no mercado varejista de livros, sendo 12 anos na área comercial do Varejo”.
Como se o cenário não pudesse piorar, ele se tornou pior e foi anunciado pelos jornais no último dia 29: as editoras querem livros de volta. De acordo com O Globo, a Justiça determinou a devolução de metade dos títulos estocados, um total de quase um milhão, a 21 editoras. Entre elas estão a Companhia das Letras, Globo Livros, Planeta, Nova Fronteira, Sextante e Record.
Um dos motivos para isso acontecer é o atraso no pagamento por parte das livrarias, o que é péssimo para as editoras. Por outro lado, a Saraiva considera essa ação como um decreto de falência.
Desde novembro do ano passado a empresa está em processo de recuperação judicial, sendo que em outubro, mais de vinte lojas foram fechadas pelo país. São aluguéis atrasados, o acúmulo de outras dívidas, funcionários insatisfeitos… A situação da Saraiva não é tranquila e os leitores têm a possibilidade de ficar sem a presença dessas tão queridas lojas pelos shoppings se a empresa não se recuperar.