“Que homem insuportável!”
Atenção: a resenha a seguir é breve, porém possui spoilers. Se não gosta deles, é aconselhável não ler.
Quem gosta de uma leitura de clima leve, diálogos fofos e história que prende a atenção, deve ler Victoria e o Patife. É tudo muito delicado e gostoso de acompanhar.
A personagem principal, Victoria, é uma moça organizada e sistemática. Ela tem em mente que sempre deve ajudar as pessoas, sendo simétrica e racional e deixando as emoções de lado. É simplesmente uma cortadora de prazeres que faz isso para um bem maior. Essa característica dela me deixou contente, pois Victoria não tem uma personalidade cem por cento amável, mas ela é uma pessoa generosa – gostei desses contrapontos.
Sinopse de Victoria e o Patife
Para você entender melhor a resenha, é importante saber a sinopse da obra de Meg Cabot:
“Criada pelos tios na índia, Victoria é enviada a Londres aos 16 anos a fim de conseguir um marido. Mas é na longa viagem até a Inglaterra que a jovem encontra o amor, na figura de Hugo Rothschild, o nono Conde de Malfrey. Tudo estaria ótimo se não fosse a insuportável interferência do capitão do navio, Jacob Carstairs. Por que ele não pode confiar na escolha de Victoria? Por que ele não a deixa em paz? Estaria Hugo escondendo algo?”.
” – Ai prima Vicky. Eu… eu t-tenho medo de nunca encontrar meu verdadeiro amor.
Victoria assentiu.
– Ora, mas você só tem 14 anos – comentou ela secamente – Não é como se não tivesse tempo.
– Mas imagi-i-ne se eu nunca o conhecer? – questionou Clara, com os olhos azuis arregalados e cheios de lágrimas. – Ou imagine se já o conheci e o deixei escapar? imagine se o verdadeiro amor de minha vida for Robert Dunleavy? Na semana passada, eu disse que os dentes dele me lembravam um… um cemitério!”
A história em si é um tanto simples, porém interessante e rápida de ler. A questão romântica é abordada de forma meiga e também complicada. É um clichê, mas é daqueles bem escritos. Na verdade, algo que achei um pouco diferente de outros livros de romance que costumo ler foi a visão da protagonista em relação ao amor. Atenção, spoilers a seguir – Ela é tão sistemática, cética, fechada e teimosa… Gostei bastante das negativas e escapadas. Até quando elogiava em mente o homem por quem era apaixonada, ela o insultava!
“Não há nada para conversar. Por favor, me deixe em paz.
Sinceramente, V. Abuthnot”
Victoria não queria ter aqueles sentimentos e eu não a culpo.
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